Cabido de Cardeais

"... o Cabido tem por importante função a de zelar por uma correcta interpretação deste Tratado, por forma a que a Praxe seja sempre respeitada, e as suas noções compreendidas e cumpridas. Em todos os casos duvidosos quanto à correcta aplicação da justiça, em qualquer falta cometida pelo Papa, ou em qualquer outra falta de suma importância, será ao Cabido que competirá ajuizar e dar sentença ou conselho..."

18/12/2020

Vencedores Latada '20

Ler mais »

17/12/2020

Comunicado


A toda a comunidade Praxística da Universidade do Minho.

 

Temos sido assolados com vários comentários negativos sobre as nossas tradições. O que para nós é inocente e não passa do retrato cultural de diferentes povos, para outros é visto como racismo e como uma atitude pejorativa para com uma raça. Nunca, em momento algum, a vontade dos alunos de Biologia e Geologia foi de discriminação racial ou do uso de uma prática extremamente condenável. A Praxe É união, a Praxe É integração e a Praxe É justa, idónea e equitativa, NÃO discrimina género, crença ou etnia. 

 

O ano de 2020 fez-nos repensar alguns momentos importantes para os estudantes, sendo um deles a Latada. Normalmente, esta acontece no Centro Histórico de Guimarães e consiste num cortejo académico por ruas tão importantes para a Academia Minhota. A adaptação aos novos tempos passou-a para o digital em que cada curso da Universidade do Minho submeteu um vídeo numa plataforma on-line, YouTube, para posteriormente ser visto e avaliado. Como sempre, os estudantes recorreram à paródia e à sátira social da atualidade do nosso país. Desde o abandono escolar, à falta de apoios aos estudantes com necessidades, passando por um povo tribal que usa uma tinta na cara para celebrações, proteção do sol ou até mesmo como sinal de beleza. Muito se viu nesta celebração de integração na vida académica, tão importante para a saúde mental dos estudantes.

 

O Cabido de Cardeais, Órgão Máximo da Praxe Minhota, orgulha-se de integrar o Conselho Nacional de Tradições Académicas - plataforma de entendimento que reúne os pontos comuns à Praxe a nível Nacional - cujo compromisso, através de uma Carta de Princípios, reitera a nossa inabalável fé em todos os princípios descritos na Declaração Universal dos Direitos Humanos e na inclusão de todos os que assim desejam integrar a Praxe, independentemente do género, crença ou etnia. Estes princípios são transversais a todos os cursos da Academia.

 

Lamentamos que as ações dos alunos em causa tenham sido interpretadas desta forma quando nunca houve essa intenção. Tratava-se, única e exclusivamente, da representação de um povo tribal, guerreiro, que mostra as cores em momentos de celebração, em comparação com a nossa Latada, um momento de celebração e de integração. 

 

A Praxe sempre se motivou através da união criada entre todos, e não pelas divergências. Sempre quis enaltecer o que cada um tem em comum sem olhar para as diferenças individuais. Na Praxe não há individualismo, há uma sensação de pertença a uma grande família com vontade de entreajuda e de contribuição para uma sociedade igualitária

 

Esperamos que este mal entendido seja superado e que todos possamos voltar a viver as nossas tradições de forma livre.


Saudações Académicas,

P'lo Cabido de Cardeais.

 

  


09/12/2020

Reunião Ordinária do Cabido de Cardeais

Convocam-se todos os Cardeais da Academia Minhota para uma reunião ordinária do Cabido de Cardeais, a realizar-se no dia 12 de dezembro, pelas 21h00, com a seguinte ordem de trabalhos:

- Situação atual da praxe minhota;
- Outros assuntos.

À semelhança do que aconteceu anteriormente, a reunião realizar-se-á por meios virtuais e por tal todos os Cardeais disponíveis e interessados em participar deverão pré inscrever-se no seguinte link.

Saudações Académicas,
P'lo Cabido de Cardeais 

01/12/2020

Comunicado à Academia | 1º de Dezembro

 

Hoje celebramos um dia importante para o país e para a comunidade estudantil. É um dia de recordação e de exaltação. Recordar o 1º de dezembro é exaltar os 40 Conjurados e os estudantes do Colégio de S. Paulo, é algo que nos está no sangue e na memória. Hoje recordamos!

 

Somos descendentes de lutadores que saíram à rua e exigiram que fossemos libertados, que recuperássemos a independência e, acima de tudo, a nossa identidade e cultura. Hoje lutamos!

 

Damos por garantido algo tão ténue como a nossa liberdade. Nos dias que correm ficamos em casa para garantir um futuro. Em 1640, nós portugueses, saímos à rua para garantirmos a existência de uma nação livre e independente. Foi este o movimento dos 40 Conjurados, foi esta a aclamação de El-Rei D. João IV, foi este o 1.º de Dezembro!

 

É de extrema importância que este dia seja celebrado e lembrado por nós, os primeiros a aclamar o novo Rei. Deve ser lembrado pelas condições de instabilidade social que vivemos, pelo apoio que não temos, por todos os dias em que temos de vontade de deitar tudo a perder e seguir com uma vida que não planeamos e que não queremos. Deve ser recordado pelas injúrias que têm sido cometidas contra nós e contra as nossas tradições, que nos são tão nossas e tão importantes. São a nossa identidade! A irreverência do estudante do Minho vê-se através da Praxe, o nosso futuro passa pela Praxe, a nossa identidade é a Praxe. Nunca podemos esquecer o nosso passado e deixar de o celebrar. 

 

Que em cada um dos membros da comunidade praxística da Mui Nobre Academia Minhota esteja representado um desejo de igualdade, de vontade, de liberdade, e que arda em vós a chama da irreverência, da tão nossa irreverência.

 

Pela nossa tradição, devemos ter em mente todos os sacrifícios feitos pelos nossos antepassados. Os ataques que nos fazem só devem fazer de nós mais fortes e só nos deve dar vontade de lutar ainda mais por algo que nos caracteriza. Não é de todo um ano normal, mas vai ser o ano que vai determinar o futuro da nossa mui bela tradição. 

 

Estes dias ficarão registados na memória de cada um de nós, pela nossa vontade de, contra tudo e contra todos, mantermos uma tradição. 

 

Viva o 1º de dezembro!


Saudações Académicas,

O Papa da Academia Minhota

Pedro Domingues

(Millennium I)