Cabido de Cardeais

"... o Cabido tem por importante função a de zelar por uma correcta interpretação deste Tratado, por forma a que a Praxe seja sempre respeitada, e as suas noções compreendidas e cumpridas. Em todos os casos duvidosos quanto à correcta aplicação da justiça, em qualquer falta cometida pelo Papa, ou em qualquer outra falta de suma importância, será ao Cabido que competirá ajuizar e dar sentença ou conselho..."

01/12/2020

Comunicado à Academia | 1º de Dezembro

 

Hoje celebramos um dia importante para o país e para a comunidade estudantil. É um dia de recordação e de exaltação. Recordar o 1º de dezembro é exaltar os 40 Conjurados e os estudantes do Colégio de S. Paulo, é algo que nos está no sangue e na memória. Hoje recordamos!

 

Somos descendentes de lutadores que saíram à rua e exigiram que fossemos libertados, que recuperássemos a independência e, acima de tudo, a nossa identidade e cultura. Hoje lutamos!

 

Damos por garantido algo tão ténue como a nossa liberdade. Nos dias que correm ficamos em casa para garantir um futuro. Em 1640, nós portugueses, saímos à rua para garantirmos a existência de uma nação livre e independente. Foi este o movimento dos 40 Conjurados, foi esta a aclamação de El-Rei D. João IV, foi este o 1.º de Dezembro!

 

É de extrema importância que este dia seja celebrado e lembrado por nós, os primeiros a aclamar o novo Rei. Deve ser lembrado pelas condições de instabilidade social que vivemos, pelo apoio que não temos, por todos os dias em que temos de vontade de deitar tudo a perder e seguir com uma vida que não planeamos e que não queremos. Deve ser recordado pelas injúrias que têm sido cometidas contra nós e contra as nossas tradições, que nos são tão nossas e tão importantes. São a nossa identidade! A irreverência do estudante do Minho vê-se através da Praxe, o nosso futuro passa pela Praxe, a nossa identidade é a Praxe. Nunca podemos esquecer o nosso passado e deixar de o celebrar. 

 

Que em cada um dos membros da comunidade praxística da Mui Nobre Academia Minhota esteja representado um desejo de igualdade, de vontade, de liberdade, e que arda em vós a chama da irreverência, da tão nossa irreverência.

 

Pela nossa tradição, devemos ter em mente todos os sacrifícios feitos pelos nossos antepassados. Os ataques que nos fazem só devem fazer de nós mais fortes e só nos deve dar vontade de lutar ainda mais por algo que nos caracteriza. Não é de todo um ano normal, mas vai ser o ano que vai determinar o futuro da nossa mui bela tradição. 

 

Estes dias ficarão registados na memória de cada um de nós, pela nossa vontade de, contra tudo e contra todos, mantermos uma tradição. 

 

Viva o 1º de dezembro!


Saudações Académicas,

O Papa da Academia Minhota

Pedro Domingues

(Millennium I)